Casa da Mãe Francisca

Primeiro gostaria de explicar que mudei o nome para Francisca para não virar piada pronta.

A turista Jasmijn Rijcken, que trabalha em uma fábrica holandesa de bicicletas, estava em Nova York para um evento ciclístico, parada por um policial por estar andando de bicicleta com uma saia curta, foi advertida que devido a sua roupa poderia tirar a atenção dos motoristas e causaria algum acidente de trânsitos, por ser turistas não foi multada, não importa se a turista levou 02 ou 30 minutos para convencer o policial a não multa-la, o fato é que ficou só na advertência.

Imaginem você em sua casa recebendo uma visita, esta senta em sua cadeira favorita de frente da TV, troca de canal sem pedir licença, apaga o cigarro no prato porque não tem nenhum fumante na família, dorme na sua cama porque ela considera o quarto de hóspedes pequeno, e só dorme com a TV ligada. Você estando em sua casa, precisando descansar para trabalhar no dia seguinte, abaixa ou desligar a TV, e ele reclamasse que estava assistindo mesmo estando roncando. 

Agora eu te pergunto, o que você acha deste turista, quero dizer visita? Essa é fácil, uma folga sem tamanho. E o que a organizadora do evento Joanna Virello (olha a piada pronta) quer fazer, planeja um passei ciclístico como protesto em favor de Rijcken.

Vamos inverter os papéis colocando a seguinte manchete: 

“Jasmijn Rijcken, uma turista holandesa foi atropelada em Nova York devido a falta de atenção de um motorista que perdera a direção ao olhar as “pernas” de uma ciclista”. 

Qual seria a atitude adotada por Joanna, ela faria uma passeata em defesa do direito da ciclista usar o que bem entendesse em seus passeios, ou, pediria que tanto o motoristas quanto a ciclista respondessem um processo, um por homicídio culposo e o outro por ....... nossa e a ciclista em que código penal ela se enquadra? Conforme a indignação da Joanna nenhum, teríamos que apelar para o bom senso.

Agora em nosso dia a dia, voltando para a semana passada, Catherine Deneuve durante uma coletiva fumou em ambiente fechado, e depois em outra oportunidade fez uma crítica quanto a lei anti-fumo dizendo que era contra o politicamente correto, e se sentiu irritada quando saiu uma reportagem comentando o fato. 

Em Paris o fumo é permitido em qualquer lugar, em contrapartida é proibido as orações de qualquer credo nas ruas. E ai Catherine que tal uma precezinha básica na Rue du Rivoli (é uma das ruas mais conhecidas e badaladas de Paris, paralela ao Jardin de Tuilleries e ao Museu do Louvre) para demonstrar toda a sua rebeldia.

Em Roma haja como os romanos. Não podemos levar ao pé da letra, mas esta frase para a ocasião vem de encontro com o que é bom para a maioria, e isso é democracia. Quem acha que democracia é fazer o que cada um quer, na verdade esta falando de anarquia.