Tudo vira moda, e ter alguma patologia não seria diferente, mesmo que não se saiba
ao certo o que significa. Alguns dias a trás ouvi uma garota dizer que ela estava
com TMP, como se fosse possuir um tênis, uma bolsa ou qualquer objeto.
Comecei a observá-la, brincando, conversando com todo mundo,
o centro das atenções dentro da sala como acontecia todos os dias, me aproximei
e perguntei como ela sabia que estava na TMP, me respondeu porque estava menstruada,
notei com a resposta ela não sabia ao certo o que era TMP.
Quando falamos em transtorno, pensamos que o transtorno seria apenas para as pessoas que convivem com a pessoas que possuem TOC, mais não, a pessoa que possue esse tipo de transtorno tem momentos de ansiedade e insatisfação quando não conseguem realizar o movimento obsessivo.
Normalmente as pessoas ao nosso redor é que notam o nosso comportamento e não ao contrário, lembrei-me que apesar de nunca ter ido ao médico para
que houvesse um diagnóstico, minha família constantemente dizia que eu tinha
TOC, mesmo não concordando com os comentários da época. Sempre quis que as coisas estivessem em
seu devido lugar, facilitando que eu as achasse caso fosse necessário, isso se chama
organização, ou para a minha familia, "chatisse em primeiro grau, com dendências a pior".
Hoje quando vejo o quadro geral, não eram apenas a organização,
era o todo, tinham também os detalhes de como organizar assim como um RITUAL,
que na época eu não havia notado, mas a minha família sim, quando passei a importuná-los com tantas exigências do que fazer e acima de tudo
COMO FAZER. Existe uma diferença entre dividir o conhecimento de qual a melhor forma de se fazer alguma coisa e a sua maneira de fazê-las.
Quando percebi a diferença entre arrumar, organizar e TODA A METODOLOGIA que eu havia adotado para que as coisas fossem feitas, vi que
eu precisava mudar, mesmo sem ter consultado um especialista que seria o ideal.
Comei a fazer ao contrário do que fazia (isso em relação às coisas de uso
geral, as minhas ainda continuam um pouco “organizadas”.
Achei que estava “curada”
mesmo sem ter certeza de que um dia estive doente e possuía TOC, depois de muito tempo sem postar
nada confesso que quando comecei a escrever achei que era apenas para expressar
minhas idéias, mais não, eu estava apenas substituindo a organização pela
escrita, quando me peguei pensando constantemete no blog cheguei a conclusão que deveria começar a diminuir, pois apesar de não ter dividido meus pensamentos e publicado dos os dias eu escrevia todos os dias, assim como eu já havia feito antes com outras coisas, e sempre voltava para a organização.
Hoje acordei acreditando que TOC é uma coisa fácil de
se desenvolver, por isso todo cuidado é pouco, devemos ouviar as pessoas que estão à nossa volta. Quando reparamos nas outras pessoas, podemos notar que muitas
pessoas possuem obsessão por alguma coisa, a febre do momento é estar conectado, chegam a ficar
estressados quando por algum motivo não conseguem se conectar, essa NECESSIDADE
estar conectado na internet ou estar diante da televisão, ir na academiana (efeito dois em um, essa devemos tomar cuidado redobrado, além da compulsão, podemos nos viciar por endorfina), estar na companhia dos
amigos sem falhar um dia, ir ao mercado todos os dias religiosamente, entre tantas outras coisas que nos irritam quando não podemos fazê-lo, pode algum
dia vir a se transformar em transtorno obsessivo, como resolve-lo? ainda não sei, só sei que
transferi o meu para uma coisa que no momento é útil, os estudos, talvez um dia o que esta sendo positivo no momento (se é que eu possa dizer que é positivou ou estou apenas me enganando) um dia possa vir a ser minha maldição,
mais enquanto isso não acontece vamos desfrutar do conhecimento.
