Quem sou eu

Minha foto
Uma apaixonada pela natureza, e que sem a minha família eu nada seria. Meu pai certa vez me disse que da vida levamos só o nosso nome, e hoje eu digo que além disso, levamos as lembranças boas e ruins, e que sem esta última, jamais saberíamos reconhecer a primeira.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Mão de Obra Excedente Salário Decadente

O cartaz "me salvem da imigração" foi um apelo feito pelo irlandês Féilim Mac Na devido à falta de emprego que atingiu 400 mil trabalhadores. Matéria interessante que mostra um problema global.

 Ontem conversando com um colega, ele defendia veementemente os imigrantes bolivianos no Brasil, com o desenrolar do assunto ficou claro que seus interesses eram exclusivamente a mão de obra barata, não havia nenhum interesse em oferecer abrigo aos estrangeiros.

 Muitos outros são contra essa onda de imigração desenfreada que assola o Brasil, agravando um problema já crônico no país. Tenho visto muitas pessoas que estão na fila do desemprego, e isso quer dizer que além de estarem há muito tempo a espera de uma oportunidade, muitos ficam empregados durante 03 meses e depois voltam para a fila, pelos mais diversos motivos, destaco apenas dois:

 - Empregado: estando desempregado ele tem apenas despesas, ao aceitar um emprego que não seja o seu ideal, ele supre temporariamente a sua falta de recurso financeiro para continuar a buscar um emprego melhor. O contratante deixa de oferecer curso de especialização com medo que seu investimento se perca a curto prazo sem ter a chance aproveitar o investimento, e o mercado fica em déficit de mão de obra especializada.

- Empresa: contrata funcionários para suprir uma falta momentânea de mão de obra, para que a curto e médio prazo seja descartada. O empregado deixa de mostrar o seu melhor com medo de ser explorado, e como forma de vingança se torna relapso com suas obrigações, não se efetivando deixa de consumir a longo prazo ou pior, o mercado acaba ganhando mais um inadimplente. 

O dilema é sempre o mesmo; quem paga, paga muito e quem recebe, recebe pouco. E no meio desse turbilhão de interesses surgem os imigrantes ilegais que suprem à falta de mão de obra barata. 

Esse problema não é só no Brasil, em abril passado na França houve um protesto contra os imigrantes ilegais, a Alemanha e a Itália se uniram a França para que houvesse uma modificação no Tratado de Schengen (O espaço Schengen integra 25 países, permitindo a cerca de 400 milhões de pessoas circular livremente da Finlândia à Grécia, de Portugal à Polônia, sem terem de mostrar o passaporte.). A Suprema Corte dos Estados Unidos expressou nesta quinta-feira (26/05) seu apoio a uma lei do estado do Arizona que pune as empresas que contratarem imigrantes ilegais. 

E para nós brasileiros sobraram à mão de obra excedente da Bolívia. Meu protesto não é contra os imigrantes, mas, contra o sistema que geram imigrantes. Em uma conta burra, o legal desta conta é que não precisamos trabalhar com muitas variáveis, para cada 1500 imigrantes ilegais no Brasil, enviamos para outros pais 1500 brasileiros ilegais, e assim sucessivamente, todos em busca de um lugar ao sol, bom seria se pudéssemos aproveitar o sol em nosso país de origem perto das pessoas que amamos, parece um comentário romântico e sonhador, mas acredito que muitos que estão fora do Brasil pensam da mesma forma. Não podemos esquecer o irlandês que gastou 2 mil euros para chamar a atenção para o seu problema.


Quando a mão de obra se torna escassa a tendência dos salários é aumentar, com essa vazão de mão de obra excedente os salários se tornar estáticos, quando não caem, infelizmente não tenho a fórmula mágica para a solução do desemprego, mas sabemos que algumas medidas podem piorar o problema e gerar conflito.

O ser humano é solidário sempre pré-disposto a estender a mão para os mal-afortunados, nem por isso devemos colocá-lo em uma situação que desperte o que temos de pior, julgando fazer o que é certo e protegendo nossos interesses, o lado irracional se sobrepõe as decisões, e a harmonia a qual tantos buscamos caem por terra.

Por isso, governantes ao invés de fazer bonito com o chapéu dos outros, pensem bem antes de tomarem qualquer atitude para depois não deixarem o problema para o governo seguinte.

Um comentário:

  1. oi, regiane.
    recebi seu comment. pode, sim, usar o texto.
    ele a tem tanto tempo... :)
    quando publicar, me conta.
    tem twitter? o meu é @andrepiaui
    abraço!

    ResponderExcluir

As opiniões são importantes, elas reafirmam nossas idéias, ou nos dão novos caminhos para trilhar.