A maioria gosta do ex-jogador Ronaldo primeiro por ser o
jogador que foi, depois por acharem que ele é verdadeiro e que se misturam as
massas, parece que algumas pessoas pensam diferente. Fato curioso como às
pessoas não conseguem se colocar na posição dos outros, ontem no programa Mesa
Redonda, o apresentar Flávio Prado mais uma vez criticou o ex-jogador Ronaldo
por não dar entrevista, é cômodo você entrevistar ao invés de ser o
entrevistado. Em 2000 quando o comentarista Flávio Prado foi requerido sobre o
que sabia a respeito da CPI da Nike, estava visivelmente desconfortável,
imagine então ser alvo de especulação 365 dias.
Nossos sentimentos não são moeda de troca, constantemente vemos
pessoas usarem chantagem emocional para conseguir o que querem, dizer que
quando o Ronaldo se machucou ficamos preocupados, choramos, oramos, fizemos
vigília é chover no molhado, isso qualquer outro em sua posição pensaria a
mesma coisa.
Não podemos esperar que as pessoas vivam constantemente a
nossa disposição, e nos deem explicação a todo o momento, caso contrário a
nossa consideração será imediatamente abalada e seus feitos diminuirão na mesma
proporção. Escancaram a vida como um livro, e a cada vez que leem tem uma visão
diferente sobre o mesmo assunto. Li uma frase certa vez uma que dizia “Que o
nosso preconceito depende de termos ou não afinidade para quem praticou a ação”. Neste caso podemos dizer que se escancararmos a vida de um repórter, alegariam
que ele tem direito a sua vida privada.
Alguns podem indagar: Quem o Ronaldo pensa que é para ter
essa atitude arrogante de dizer o que pensa! Será que pela própria profissão o repórter
não é arrogante ao expressar sua opinião ao invés de apenas informar? A verdade
é arrogante porque exprime opinião, se esta não estiver de acordo com o que
pensamos levamos como ofensa pessoal.
Quantos Ronaldo, Marcos, Airton, Reynaldo, Ana Maria, Michael,
Elvis, Elis, .....não passam por problemas de saúde, emocionais, financeiros e
não os incluímos em nossas preces, só por serem anônimos. Passamos diariamente
por pessoas que são apenas mais um rosto na multidão e não nos envolvemos, continuamos
a olhar para o nosso umbigo. Muitas vezes queremos ser mais que o próprio
entrevistado, onde a nossa opinião prevalece.
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As opiniões são importantes, elas reafirmam nossas idéias, ou nos dão novos caminhos para trilhar.