Filhos, reflexo de uma sociedade chamada família.
Perante nossos filhos queremos ser legal,
amigão, e quando o momento exige correção colocamos o mundo como ceifador da
liberdade de expressão.
É muito comum nos dias de hoje, ouvirmos pais e mães dizerem
á seus filhos que não podem ter certas atitudes porque um TERCEIRO vai ficar
bravo. Com isso, chego à conclusão de que a frase: “o que importa é qualidade e
não quantidade” se aplica muito bem.
De nada adianta estarmos constantemente com nossos filhos e
não aproveitarmos o momento para mostrar o caminho e dar bons exemplos, o
melhor exemplo é aquele que temos no dia a dia, e não somente apontando os
erros dos outros, mostrar o que os outros fazem de errado é o fácil, o difícil é
mostrar como se deve agir.
“O exemplo vem de cima”, ouvi isso muitas vezes, não que essas
palavras sejam mágicas a ponto de nunca errarmos, mais são palavras que apontam
uma direção, nos mostram que temos uma responsabilidade com os menores.
A ausência fica mais evidente, quando nos deparamos com uma
criança que na presença dos pais ignoram completamente seus apelos para que
tenha um bom comportamento. Cobrindo o sol com a peneira, para que os pais não se sintam ignorados pelos
filhos, colocam como se seus filhos não estivessem obedecendo á TERCEIRO, afinal, não são os pais que estão cobrando um comportamento adequado das crianças, jovens e até adultos, a grande vilã é a censura do comportamento espontâneo.
A vida dinâmica exige que fiquemos ausentes em nosso
ambiente familiar. Mentira, não é vida a que faz essa exigência, somos nós que
não conciliamos o nosso EU com a interação em família, não basta estar presente
materialmente, isso não preenche as necessidade psicológicas do ser humano, e
mais, corrompe o sentimento de satisfação, onde o bem material supre
momentaneamente qualquer coisa.
Quando ficamos na posição de amigo sem assumir nossas
responsabilidades de detentor da obrigação de educar, ensinamos que devemos nos
comportar na presença de uma certa pessoa para que não sejamos repreendidos por
ela, o correto seria ensinar que não devemos ter determinadas atitudes por
serem erradas, e por isso não deveríamos praticá-las em momento algum.
Damos muitos poderes aos desconhecidos, mas estes não possuem nenhum direito de cobrá-los. Se queremos que NOSSOS filhos sejam reconhecidos pelas suas virtudes, temos que
assumir a responsabilidade do certo e errado, nós como individuo impomos limites
para uma convivência saudável, o que dirá uma sociedade que é formada por indivíduos,
porque deveria ser diferente?
Assuma o fato de que NÃO QUEREMOS que nossos filhos tenham
uma determinada atitude, e quem sabe um dia quando formos avós possamos receber
nosso netos de braços abertos sem olharmos constantemente para o relógio
esperando que nossos filhos venham buscá-los.
“A herança de família não se baseia apenas em bens materiais, mas
na falta que os indivíduos farão na sociedade.”
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